Nilza Lopes formou-se em Engenharia Química no ISEP e hoje é gestora de risco empresarial e proteção de dados na Sonae MC. Nunca teve dúvidas que queria seguir engenharia e se pudesse aliar um novo curso à sua formação inicial, optaria por gestão ou economia. Resiliência, empatia, foco, dedicação e humildade são as características que considera fundamentais para uma integração de sucesso no mundo profissional.

- Como surgiu o interesse pela Engenharia?

Além da afinidade que sempre tive pelas disciplinas de matemática, química e física, o meu irmão é engenheiro eletrotécnico formado no ISEP e acho que o “bichinho” surgiu por aí.

- Porque escolheu estudar no ISEP? 

Pelo feedback do meu irmão, pela possibilidade de podermos ir trabalhar ao fim de três anos, pela reputação de ter cursos com elevada componente prática e de qualidade.

- Algum docente ou colega que a tenho marcado durante a formação? 

Muitas pessoas me marcaram. Docentes, no geral, pela qualidade de ensino, disponibilidade para com os alunos e absoluta dedicação ao ensino. E são muitos os colegas que ficaram na memória e que, felizmente, ainda encontro, também com sucesso noutras empresas.

- Do que mais sente saudades do tempo de estudante? 

Da queima das fitas, dos cânticos de praxe pelo ISEP, da época de caloiro, do companheirismo, de estudar no bar e jogar umas suecas durante os intervalos, de tudo...

- Se fosse hoje, voltava a escolher o mesmo curso?

Sim, sem dúvida. Mas acho que seria igualmente feliz e bem-sucedida em Engenharia Informática.

- Que conhecimentos e experiências levou do ISEP para o mundo profissional? 

A habilidade de “desenrascar”: apresentar, rapidamente, soluções e a capacidade de analisar grandes quantidades de informação. Também se adquire uma elevada capacidade de adaptação pois, mesmo que seja um tema que não tenha sido adquirido no curso, sabemos como procurar e estudar, apresentar soluções e executar tudo de uma forma muito ágil.

- De que forma os estudantes se podem preparar para o mercado de trabalho?

Fazendo estágios enquanto estão a tirar o curso, mesmo não remunerados, para terem uma ideia do que é expectável no mundo de trabalho, para ajudar a estabelecer metas e objetivos de carreira e para se manterem atualizados nas principais tendências a nível empresarial. 

- O que mais a motiva no seu trabalho? 

Ter desafios constantes, ser valorizada pela minha chefia e pela minha equipa, o companheirismo das pessoas da equipa, a flexibilidade da empresa para um melhor equilíbrio da vida pessoal e um ambiente informal onde valorizam a opinião de cada um.

- Qual o seu maior defeito e qualidade?

O meu maior defeito é ser muito transparente nas minhas emoções, e, por vezes, é preciso ter um pouco de "poker face". A minha maior qualidade é a resiliência.

- Se pudesse mudar alguma coisa no mundo, o que seria?

Tanta coisa, mas posso dizer que as minhas maiores preocupações são o ambiente, as crianças e os animais.

- Se tivesse um livre passe para fazer o que quisesse…?

Acho que gostava de viajar para locais completamente diferentes da nossa realidade, como um santuário de elefantes ou trabalhar em projetos humanitários (por exemplo, trabalhar com crianças desfavorecidas).

- Que mensagem gostava de deixar aos futuros engenheiros do ISEP?

Apesar de o futuro ser incerto, e com cada vez mais obstáculos, de uma coisa tenho a certeza: os engenheiros do ISEP são muito valorizados no mercado de trabalho e, se forem fiéis a si mesmos e a alguns princípios, como a humildade, perseverança, flexibilidade e gosto pelo que fazem, terão, de certeza, sucesso.